Rio de Janeiro
Desabafo no Rio de Janeiro.
Uma experiência emocionante!
Sou Luciana Fernandes, coordenadora do MOAB RJ, e venho por meio desta fazer um breve resumo do Desabafo MOAB no Município de Belford Roxo.
Quero enfatizar que o primeiro ocorreu no dia 20/12/2017 com a presença da Diretora de Eventos do MOAB Ana Paula Gulias, com a presença de uma mãe, a Coordenadora Estadual (eu) e as Coordenadoras de Belford Roxo e São João de Meriti e profissionais da equipe multidisciplinar da Escola Albert Sabin. Foi um start!
Os frutos desse primeiro momento de desabafo vieram no dia 19/01/2018 com a presença de 45 familiares, incluindo a presença de um pai. Fato raro! Mas, esse paradigma será quebrado assim como os demais. O que dizer sobre esse momento?
Sublime! Sentimos ali, que a fala de cada uma das pessoas presentes foi ouvida pela primeira vez. Muito choro, muita angustia, mas muita garra. O desejo em ver os filhos atingirem melhoras, através de um atendimento público de qualidade.
O Desabafo foi realizado em um Município da Baixada Fluminense. Onde existe muita carência de recursos econômicos na população e onde projetos são raros – não escassos – mas, raros mesmo. Enfim, o cenário foi composto por mães que estavam perdidas.
“Eu vim em busca de respostas. O que vocês podem fazer por mim e minha filha”
“Eu vim em busca de respostas. O que vocês podem fazer por mim e minha filha”
“Eu vim em busca de respostas. O que vocês podem fazer por mim e minha filha”
Mãe de uma menina de 5 anos TEA não verbal – sem atendimento – apenas estuda.
Mãe de uma menina de 5 anos TEA não verbal – sem atendimento – apenas estuda.
Mãe de uma menina de 5 anos TEA não verbal – sem atendimento – apenas estuda.
“Meu filho, não flava, não ficava de quatro apoios, não me olhava. Vi que era diferente. Nosso mundo desmoronou no momento do diagnóstico. Mas, o médico agiu de uma forma tão diferente. Ele se sentou no chão com nosso filho e começou a interagir com ele. No final de 20 minutos. Ele nos disse o filho de vocês é autista. Chorei muito. Ele me olhou e disse: mãe, ser autista é uma condição a qual seu filho terá de lidar ao longo da vida. Vamos ver daqui para frente o que pode ser feito para que ele fique bem. Essas palavras me ajudaram”
Mãe de um menino de 6 anos com TEA.
“E quando o nosso filho regredir. O que fazer?”
“E quando o nosso filho regredir. O que fazer?”
Relato de uma mãe, cujo filho não
aceita mais ir à escola.
Relato de uma mãe, cujo filho não
aceita mais ir à escola.
“Eu tenho esclarecimento. Sou pedagoga. Fui fazer psicopegagogia para ajudar ao meu sobrinho”
“Eu tenho esclarecimento. Sou pedagoga. Fui fazer psicopegagogia para ajudar ao meu sobrinho”
Tia de um menino de 5 anos TEA.
A tia é aluna da pós na Faculdade Unyleya.
“Seu filho é autista. Foi assim que recebi o diagnóstico. “Sem preparo, sem afeto, sem empatia” ”
Mãe de um filho com TEA de 8 anos e
professora da rede pública de ensino.
“Hoje vejo, essa realidade em minha sala de aula. A cada dia um novo aluno com autismo. Mas, o que fazer? Qual o treinamento que nós recebemos? Tudo fica solto”
“ 'Desculpa, seu maluco'. Essa era a fala do meu filho, quando fazia algo em casa. A ecolalia era na verdade a fala dos “colegas” da escola."
“Tenho 2 filhas lindas. Ambas com autismo. Nunca permiti me confinar dentro de casa. Sempre disse ao meu marido, nossas filhas têm direito ao convívio social. Não são criminosas. Autismo não é uma vergonha. Eu me orgulho das filhas que temos”
Mãe de duas filhas adolescentes com TEA.
Essas são algumas das falas de várias. Foi único, emocionante e essas 45 pessoas saíram do nosso encontro renovadas. O desabafo do dia 19/12/2018 ocorreu na Escola Municipal Albert Sabin – com representantes da área de saúde do município, profissionais de escolas e os profissionais do Albert Sabin. Tivemos um total de 60 pessoas participando. 45 delas familiares.
Ao sair, um funcionário da Escola me disse: “Foi bom o que houve aqui hoje! Perguntei: que bom, mas por que diz isso? Porque não teve uma mãe que não saísse da sala sorrindo.”
Sensação de plenitude de todas nós, envolvidas no resgate do MOAB RJ e suas ações afirmativas. Só tenho agradecimentos!!!
Seguimos adiante. Mais ação, mais militância, mais consciência. Estamos iniciando e passo a passo será construída uma face para o MOAB no RJ, mas para além... Uma construção da identidade das pessoas com TEA e suas famílias. Ninguém é uma ilha. A luta se faz com união!
Afetivamente,
Luciana Fernandes
Coordenadora Estadual MOAB Rio de Janeiro
Coordenação do MOAB em Angra dos Reis
“Um mediador é uma pessoa que trabalha interagindo com o aprendiz estimulando suas funções cognitivas, organizando o pensamento e melhorando processos de aprendizagem.”
Feurstein
Em Angra dos Reis, nessa sexta-feira (10/11), a Comissão Divulgadora do Autismo (CDA) / Movimento Orgulho Autista Brasil (MOAB) – realizou a palestra “Educação Inclusiva em Foco I – Mediação Escolar: formação e capacitação do mediador”, cujas abordagens foram ponderadas pelos especialistas: Dayse Serra (Professora adjunta de Educação Especial e Inclusiva de Educação da Universidade Federal Fluminense; Doutora em Psicologia pela PUC-RIO; Mestre em Educação Especial pela UERJ e Psicopedagoga especializada em necessidades educacionais especiais; Pesquisadora associada do LIPIS), Márcia Eleotério (Pedagoga e Psicopedagoga-UFF e docente da rede municipal de Angra dos Reis especialista em TEA) e Thales Veras (Monitor de Educação Especial).
Embora a profissão ainda não seja regulamentada, a temática é considerada fator crucial para a inclusão das pessoas com deficiência de modo geral e dos autistas, conforme diversas disposições legais.
Sendo assim, o momento foi apresentado teoricamente pela especialista: Dayse Serra e na prática pelos especialistas: Márcia Eleotério e Thales Veras, ambos do Atendimento Educacional Especializado – Unidade de Trabalho Diferenciado/TEA -.
Coordenação do MOAB em Angra dos Reis realiza audiência pública e passeata em comemoração ao
DIA NACIONAL DE LUTA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
O MOAB e a Associação de Pais e Amigos do Transtorno do Espectro Autista – APATEA - realizaram, no dia 21 de setembro, em Angra dos Reis, passeata referente ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, participando conjuntamente também o Conselho Municipal das Pessoas com Deficiência – CMDPD -, a Educação Especial e as representações civis (associações) relacionadas à causa.
Os manifestantes percorreram a rua principal do município, ao som de Gonzaguinha: “O que é, O que é” e apresentaram cartazes cujas mensagens destacavam suas dificuldades diárias vividas.
O momento foi encerrado na praça principal, onde havia stands e barracas, organizados pela Secretaria de Ação Social, onde foram expostos trabalhos realizados pelas pessoas com necessidades educacionais especiais criados nos Atendimentos Educacionais Especializados – AEE – e nas representações civis – (associações).
Além disso, houve distribuição do manual referente à Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência e Lei Brasileira de Inclusão/2017.
Já no dia 22 de setembro, ocorreu, na Câmara Municipal de Angra dos Reis, uma audiência pública relacionada aos temas Mediação Escolar: falta de mediadores na rede pública municipal de ensino e Passe Livre: impasses quanto ao uso.
Ela durou cerca de três horas e meia, tendo sido ministrada pelo vereador Marcos Coelho e decorrida pela participação das famílias, que representaram dando voz aos seus filhos. Além desses, participaram também: representantes do governo, dos órgãos relacionados, representações civis e conselheiros do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (CMDPD).
As abordagens foram bastante pertinentes, pois a rede pública municipal de ensino está com o quadro de profissionais (mediadores) defasado, em face ao número de estudantes inclusos.
Em relação ao Passe Livre, o impasse se faz devido aos responsáveis não estarem recebendo o cartão acompanhante, transgredindo legislação municipal.
Assim, a primeira audiência pública tratada sobre autismo no município foi considerada muito importante, pois proporcionou conhecimento e necessidades sobre o autismo e sobre outras deficiências, resultando, assim, nas propostas: Mediação Escolar: organização da contratação, mediante análise do orçamento municipal, e Passe Livre: encaminhamento para a Comissão da Pessoa com Deficiência da Câmara de Vereadores, a qual o vereador Marcos Coelho também é membro.
Parabéns à nossa Coordenadora Esther Souza por seu engajamento em prol dos autistas!
Homenagem em comemoração ao dia das Mães
O Dia das Mães foi comemorado de forma diferente em Volta Redonda.
A Associação Dos Engenheiros e Arquitetos de Volta Redonda (AEVR) homenageou a Coordenadora Estadual do Rio de Janeiro, Claudia Moraes, por seu trabalho em prol dos autistas e por seu trabalho no MOAB.
Estavam presentes mulheres especiais que se destacam em vários segmentos entre elas a Secretária da Mulher de Colta Redonda, Dayse Penna, e a Sra Eliana Itaborahy da Creche Espírita Irmã Zilá. Também esteve presente a Coordenadora do MOAB em Volta Redonda, Liê Ribeiro.
Claudia Moraes recebeu a homenagem da Diretora da Mulher, Alcione Gonçalves Silva.
Reunião entre o MOAB, a CDA, e
o CAPSI/Angra dos Reis sobre o BPC
Devido às mudanças impostas ao BPC pelo Decreto nº 8.805/16 e pela Ação Civil Pública/2016, a Comissão Divulgadora do Autismo (CDA), o Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (CAPSI/Angra dos Reis) e o Movimento Orgulho Autista do Brasil (MOAB) organizaram uma reunião junto às famílias beneficiárias do BPC/Bolsa Família para esclarecimentos dos temas citados.
Entre outros assuntos, foram abordados os seguintes temas: alteração no requerimento, concessão e manutenção do BPC impostas pelo Decreto e ACP/2016 acima mencionados e a obrigatoriedade do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) de todos do grupo familiar para requerimento do BPC.
Desse modo, toda a temática foi proporcionada pelas assistente social: Betânia (agência do inss/Angra dos Reis), Ana Maria e Elenita (Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil/CAPSI-Angra dos Reis), Adriana (CRAS/Belém-Angra dos Reis) e Renan (Coordenador do Bolsa Família/Angra dos Reis).