Audiência Pública - Autistas Adultos - Câmara Federal
Apesar da tumultuada data que coincidiu com a votação da Presidência da Câmara Federal, a Audiência Pública sobre os Autistas Adultos manteve seu brilho.
A primeira fala foi da Sra Niusarete, representante do Ministério do Desenvolvimento Social, que apresentou as residências para pessoas vulneráveis, incluindo só deficientes em alguns estados do país. Mas, infelizmente, o numero é é tão reduzido que recebeu os protestos da Deputada Carmen Zanotto que, na sua explanação, colocou seu descontentamento por não estar sendo mostrado um trabalho efetivo.
A próxima palestrante foi Adriana Cotta que falou sobre não ter o direito à diminuição de carga horária pelo filho autista, por não ter as mesmas chances que os outros profissionais e, ainda, por ter um gasto muito maior com tudo relativo ao autismo.
Foi feita a entrega do Prêmio Orgulho Autista a Dra Viviane de Leon pela Sec. Rosinha da Adefal.
O Deputado Eduardo Barbosa defendeu o trabalho da Sra Niusarete e defendeu que as associações se unam pelas lutas. Também falou sobre um projeto dele de EJA Social.
Claudia Moraes falou sobre a completa inexistência de ações para adultos, a falta de centros de terapias, de ensino profissionalizante, de adaptação de currículo, de residências, de incentivo ao trabalho, do excesso de medicação, e finalmente dos autistas que estão encarceirados.
Liê Ribeiro defendeu a construção de residências, embasado na experiência da Holanda, trazida por nossa amiga Fatima De Kwant, pois aqui no Brasil não temos um modelo público.
A Dra Viviane de Leon deu dados sobre os autistas adultos que vivem na Carolina do Norte, com número elevado dos que trabalham e moram sozinhos com acompanhamento. Também explicou que o trabalho é o grande preditor de saúde, que há perdas desadaptativas na idade adulta que são melhores superadas por quem trabalha. Também falou sobre a ansiedade e depressão que muitos desenvolvem nesse estágio de vida.
A Deputada Carmen falou sobre o absurdo de estarmos ainda falando em invisibilidade e encarceramento, em 2016, pois isso já deveria de ter sido superado.
A secretária Nacional das Pessoas com Deficiência, Rosinha da Adefal, finalizou falando do seu apoio à Lei 12.764/12, e do tempo que ela ajudou nessa relatoria.